Retomada do espetáculo do dramaturgo e encenador Tiago Rodrigues, uma produção de figurinos, “à la Chekhov”, para um drama familiar e político contemporâneo: uma família portuguesa empenhada contra o fascismo, que se reúne no campo há décadas. Ritualmente, um de seus membros, a cada verão e por sua vez, assassina um fascista. Naquele ano, tudo estava pronto, a vítima foi designada e foi a vez da filha mais velha agir. Mas ela rejeita a violência como modo de ação. As dissensões dentro do clã, embora animadas pelas mesmas convicções, eclodem entre gerações, entre os que partiram para a cidade e os que permaneceram no campo. O populista não tem estas hesitações... Uma história poderosa, maravilhosamente interpretada, que observa lucidamente a ascensão do populismo na Europa, bem como aqueles que tentam resistir-lhe, para questionar a nossa relação com a violência.